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 para o País.

 

 

Críticas e comentários

sobre as obras – escritos e realizações – de Marcelo Câmara

 

De uma leitora

 

Rio de Janeiro, 6 de agosto de 1975.

 

Sr. Marcelo Câmara,

 

      Sei que nestes tempos poucos chegam a ler o Diário de Notícias. Confesso que nele quase nada me agrada. A diagramação dificulta a leitura e os assuntos não têm a profundidade necessária e cabível. Porém, creio que o senhor nada tem a ver com isto. Imagino-o apenas um jornalista e não o responsável pelo jornal.


                  Mas há a sua coluna. Admirável Coluna! Humor fino como o do nosso Machado. Não digo que o senhor escreva como Machado, digo que o seu humor é como o dele, exige quase que uma iniciação ao sorriso aflorante. Sei que o senhor me entende, como entende todos os sorrisos aflorantes que nos legou a boa literatura, desde Bernard Shaw e algumas páginas de Dumas pai, até a ironia trágica de Dostoievski em raras e impagáveis passagens. Acredito que as magníficas coisas que saem de sua máquina (quase digo de sua pena, mas, felizmente, lembrei-me a tempo que esses já não são tempos de penas de escrever, só de penas de viver); o sorriso aflorante dói, senhor Marcelo), dizia eu que as magníficas coisas que saem de sua máquina são, é claro, produto do seu trato diário com outros livros que não conheço. Peço licença para lhe dizer que o meu dia-a-dia tem sido duro, o dinheiro é escasso e o tempo mínimo, donde se conclui que só tenho tido oportunidade de ler aquilo que já é de sobejo conhecido e que encontro nas casas dos amigos, que não primam pelo gosto de descobrir livros nos sebos ou nas prateleiras escondidas, desprestigiadas pelas livrarias.


                    Não gosto de escrever cartas aos jornais e é a primeira vez que o faço, porque, depois de ter lido ontem a sua coluna falando sobre os burros, não resisti: precisava escrever-lhe para lhe dizer que o que o senhor está fazendo é digno de Stanislaw, Millôr, Ziraldo, e superior aos outros. O senhor está manejando a palavra com maestria e em nenhum momento se sente que qualquer coisa está sendo forçada das suas frases. São de uma claridade e, apesar disto, de uma originalidade arrebatadora.


Escrevo-lhe muito em honra de mim, pois eu gostaria de escrever o que o senhor escreve. No entanto, de há muito desisti. Do meu interior só saem as palavras rudes do drama declarado (porém sem sangue), da loucura começada, dos labirintos, do desentendido e, pior, da desesperança. O senhor é um humorista porém há de conhecer o sabor da desesperança, da árvore em definitivo podada sem a probabilidade de fruto ou de muda. Já nada floresce e a areia toma conta. É escusado dizer “a areia estéril”, pois que o ser estéril é próprio das areias. Sua coluna me distrai e eu adio o suicídio.

 

Cândida de Aristarco Faria

 

(Carta entregue pela própria leitora na portaria do Diário de Notícias, Rio de Janeiro, RJ, na segunda passagem do humorista Marcelo Câmara pelo jornal, desta vez em 1975, quando assinava coluna às terças, quintas e domingos. Um ano antes, assinou coluna diária de humor no mesmo jornal, quando seus textos eram ilustrados pelo cartunista Egon. Marcelo Câmara nunca conseguiu localizar, para um contato, a leitora Cândida de Aristarco Faria. A carta, pelo conteúdo e forma, dá indícios de que seja pessoa de cultura, estudante ou profissional da área da Literatura ou Ciências Humanas.)

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Câmara Cascudo

Antropólogo, etnógrafo, historiador, folclorista, escritor e professor

 

(Foto: Gaia Cultural - Acervo Marcelo Câmara)
 

Pensador plural, Cascudo é cognominado

“O homem que descobriu o Brasil”.

 

Movimento, cor, comunicação, simpatia. De tal roseira, tal flor.

 

(Em carta de 14.3.1974 a José Augusto da Câmara Torres, pai de Marcelo Câmara,

a respeito de crônica de Marcelo Câmara publicada em O Fluminense, RJ)

 

Gratas saudações pelo seu ‘Mural’, movimentando a Festa do DIVINO, com veracidade, colorido e boa informação divulgadora. (...) Minhas saudações e votos pela continuidade funcional de suas atividades. Emociona-me sua lembrança em recordar-me, talqualmente fazia seu Pai, que conheci de idade bem inferior a sua.

 

(Em carta de 5.6.1974, comentando a reportagem-ensaio de Marcelo Câmara Festa do Divino: folclore e devoção.)

 

Muito alegre com as suas notícias das atividades contínuas, tanto mais poderosas quanto mais permanentes. (...) Recebo publicação de Paraty, registrando simpaticamente os sucessos do jovem Marcelo Câmara.

 

(Em carta, comentando atividade intelectual, 11.10.1974.

 

 

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José Cândido de Carvalho

Jornalista, cronista, contista, romancista premiado, crítico, humorista precioso.

Membro da Academia Brasileira de Letras.

 

 

Foto: Peregrina Cultural

 

 

 

E tiro o chapéu em homenagem e louvação à competência e argúcia de Marcelo Câmara, que estreou com um livro marcante: Crítica à Cultura Brasileira. É uma alegria ver em letra de forma um ensaio de nota 10 como esse do jovem Marcelo Câmara, dos Câmara Torres de Angra dos Reis, para honra de nossa inteligência e sensibilidade.

 

(O Fluminense, Niterói, RJ, 15.6.1986)

 

Darcy Ribeiro

Antropólogo, educador, escritor e político

 

Darcy Ribeiro no Plenário do Senado

(Foto: www.pragmatismopolitico.com.br)

 

O Doutor Marcelo Nóbrega da Câmara Torres prestou, com extrema competência, senso e correção profissional, assessoria legislativa ao meu trabalho parlamentar, executando, ainda, tarefas de aconselhamento técnico e assessoria política, e coordenado a edição da Carta’, revista política e cultural bimestral, sob minha direção, de distribuição restrita. Além disso, o Doutor Marcelo Câmara me assistiu, com a mesma lealdade e proficiência, em outros trabalhos no Senado, junto a Comissões, ao meu Partido a outros compromissos políticos e culturais que tive de cumprir. O Doutor Marcelo produziu trabalhos – minutas de projetos, discursos, pareceres, notas técnicas, estudos, relatórios, textos especiais etc. – todos de alto nível técnico, fundamentais ao meu desempenho político-parlamentar.

 

(em carta de 1º.7.1991 ao Consultor Geral do Senado Federal
sobre o Consultor Legislativo que o assessorava)

 

Marcelo, amigo querido, colaborador precioso, tome com as duas mãos esta minha teoria do brasilianismo para reescrevê-la um dia. Darcy. Brasília, fev. 93

 

(Dedicatória na falsa folha de rosto de A Fundação do Brasil,
de Darcy Ribeiro e Carlos de Araújo Moreira Neto)

 

Marcelo na posse de Darcy

na Academia Brasileira de Letras em 1993.

(Acervo Marcelo Câmara)

 

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Hélio Pólvora

Jornalista e crítico literário

 

“...Marcelo Câmara empreende uma decodificação daquilo que se projeta como cultura, ou tangencia a cultura, sem chegar a se traduzir como tal (...) Em linguagem simples, de comunicador, e com um toque de ironia ou sarcasmo, o autor aborda a nudez e o pudor, o teatro revolucionário de Nelson Rodrigues, a dissimulação dos grandes órgãos de imprensa, maconha e punks, a moda do esquerdismo e a linguagem estropiada e desarticulada das personalidades de hoje, em especial os astros televisivos.

 

(Cacau/Letras março 1986 e na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

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Jayro José Xavier

Poeta, ensaísta, professor universitário

Jayro José Xavier foto.png

(Foto: poesia.net - Acervo Marcelo Câmara)

 

Jayro: poesia clássica contemporânea

 

Esta é uma poesia que se preza de suas origens e de sua função. Uma poesia marcada, de um lado, por um forte sentimento do mundo e, de outro, por um domínio quase absoluto do verbo – domínio que, não sendo absoluto, já o revela, ao poeta, consciente de seu ofício, o árduo e enganoso ofício de encantar palavras.

 

“(...) Marcelo é, sem dúvida, um lírico, conforme a melhor tradição literária de todos os tempos. (...) Com isso queremos dizer que: (I) sua poesia se desata em música e (II) está centrada na 1ª pessoa, no “eu”, mesmo quando esse “eu” se vê objetivado num “ele” (...) A segunda decorre em parte da primeira. (...) Marcelo se mostra, dominantemente, um lírico amoroso. Sua matéria é o Amor, assim mesmo, com maiúscula (...) Emoção à flor da pele, é ainda ele próprio quem o diz, num ato de puro arrebatamento:  Ó rimas afiadas de dentes coloridos... / devorai-me / devorai-me ‘por amor do amor'.  Nele, esse amor ora é objeto de celebração, (...) ora motivo de um debruçar refletido, como em Noite de lua nascida – no qual se lê que   o amor está além do belo, é mais forte / que todas as potências vivas;  ora, last but not least, fruto do cantar memorioso de quem muito viveu e sofreu.

 

(...) ninguém melhor que Marcelo para falar de poesia. De sua poesia (que é linguagem, mas também metalinguagem). E é o que ele faz, ao destacar como pórtico de seu livro os tensos versos de  Abertura para um canto eterno. Ali se lê que poesia é, dialeticamente:  medeia de cabelos sufocantes / guilhotina / de flores."

 

(Na Apresentação de O Verbo e a Lira, de Marcelo Câmara, livro de poemas escritos de 1966 a 1989)

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José Arthur Rios

Sociólogo, professor, ensaísta

 

Rios faz palestra na Academia Brasileira de Letras, em 2013.

 (Foto: ABL - Acervo Marcelo Câmara)

 

Rios: farta produção em

Sociologia e Política

 

Enfim, aqui estou para lhe dizer que sua Crítica reflete o espírito ágil e inquieto dos seus familiares, desde as agudas observações sobre Brasília e os modismos culturais, – tudo muito enfartado de boa sociologia, - até sua recuperação do Nelson Rodrigues. É quase comovedor para mim, identificar nessas páginas a retidão de uma inteligência que não se perde nas veredas e descaminhos da modernite.

 

(Em carta de outubro de 1987, sobre Crítica à Cultura Brasileira)

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Rubens Falcão

Jornalista, educador, escritor, crítico, folclorista, ex-Secretário de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro

 

                              Foto: myheritage.com

 

Sua Crítica à Cultura Brasileira há de constituir, ao lado do grande livro de Fernando Azevedo, a fonte segura para novos e importantes empreendimentos dessa ordem.

 

(Na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

A Comissão rejubila-se (...) e é grata , em particular, ao jovem intelectual Marcelo Nóbrega da Câmara Torres que aceitou a incumbência que lhe deu de Coordenador dos elementos que concorreram para o brilhantismo do Festival. (...) Com amor à causa do nosso populário, desempenhou-se admiravelmente, aparecendo apenas quando a sua presença era imprescindível. A ele, sobretudo a ele, o reconhecimento de quantos assistiram à primeira grande promoção folclórica levada a efeito na velha capital do Estado do Rio.

 

(Na condição de Secretário-Geral da Comissão Fluminense de Folclore

sobre o trabalho de Marcelo Câmara no I Festival Fluminense de Folclore,

realizado em Niterói, RJ em agosto de 1974, quando planejou, coordenou

e apresentou o evento, in Revista Fluminense de Folclore, ano I, nº 4)

 

Você, Marcelo, é o precursor do jornalista do ano 2000: ágil, leve, vibrante, criador de uma forma diferente de escrever pelo seu ineditismo. Tudo com talento, um bom e gosto savoir-dire. Leio, com muito agrado as suas crônicas brasilienses. Desejo a você uma carreira brilhante, pois nada lhe falta para a conquista de um futuro radioso: mocidade, talento, preparo, saúde, coragem para enfrentar a vida com todos os seus percalços.

 

(Em carta, a respeito da coluna semanal Cultura, de Marcelo Câmara, no Jornal de Brasília, DF, 1983)

 

Quem não o conhece, como eu o conheço e a sua capacidade, colherá de imediato a impressão de um jovem de talento, preparo, entusiasmo, dinamismo e vivacidade. Porque você é isto! E porque o julgo capaz de coisa mais meditada e mais profunda, acho que uma crítica à cultura brasileira, talvez devesse levá-lo a partir de tempos mais remotos. Certo de que um trabalho dessa natureza consumiria anos de estudo e o seu temperamento dinâmico não se conformaria com isso. Se eu tivesse competência para julgar o seu livro, dir-lhe-ia, com a sinceridade e franqueza costumeiras, que a crítica à cultura brasileira talvez devesse levá-lo a tempos mais remotos.

 

(Em carta, sobre o lançamento de Crítica à Cultura Brasileira, março 1986)

 

"Belo livro de estreia. (...) Não tive dúvida de que você vinha oferecer à nossa Bibliografia uma contribuição da melhor qualidade e valia. Livro cheio de ideias e desafios, polêmico se quiserem, destemeroso e sincero nas suas afirmativas. Seu autor: uma radiosa mocidade que sacudiu a inteligência brasileira e pôs na mesa, para quem quiser discuti-los, temas da mais viva e flagrante atualidade. Com os meus renovados aplausos e parabéns pelo êxito que o seu livro alcançou. Você entrou mesmo com o pé direito no assunto que só às inteligências de escol é dado tratar. Deus o acompanhe em todos os seus atos.

 

(Em carta, sobre a segunda edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

Desde adolescente , no campo intelectual, você penetrou para brilhar e afirmar-se como um nome que só poderá crescer entre os que melhor escrevem neste País.

 

(Em carta, jan 1988)

 

Brilhando sempre? Eu cá fico para acompanhá-lo e aplaudi-lo. Não deixe que se apague a chama da sua inteligência. Prossiga trabalhando com entusiasmo que Deus lhe deu. Dizia José de Alencar, o criador da literatura brasileira, e não Machado de Assis, que ‘a mocidade é uma sublime impaciência’. De acordo.

 

(em carta, sobre a atividade intelectual de Marcelo Câmara no Senado e na Imprensa, fev. 1988.)

 

Bato palmas ao seu trabalho, ao que você pôde alcançar pelo seu esforço inteligente, com o seu talento primoroso. Eu já lhe disse aqui, mais de uma vez, que considero você e o Emmanuel * os dois mais brilhantes talentos da nova geração de intelectuais fluminenses. Na idade em que, eu suponho, vocês estão, não vejo outro.

 

(Em carta, fev. 1990)

 

(*) Emmanuel de Bragança Macedo Soares(*Araruama,RJ, 3.9.1945 - Niterói, 14.4.2017), jornalista, poeta e escritor

e o mais produtivo e brilhante historiador, no Século XX,  que estudou Niterói e do Estado do Rio de Janeiro.

 

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Mário Calábria

Diplomata, embaixador do Brasil na Alemanha

 

Foto: Tessitura Editora

 

Calábria: Intelectual de várias culturas.

 

...certamente, o mais articulante, o mais bem articulado jornalista brasileiro da atualidade. Jornalista e crítico – tudo sob a lupa. Desde a língua, exercitada altamente, recuperada em sua magnitude e vernaculidade, até ao fato cultural/social, examinado com muita frieza, bastante humor e decomposto em sua paisagem diária, limitada por falta de alternativa e de maiores valorizações. (...) Fico a dever esse favor a Marcelo Câmara: o de ter pensado por mim e provocar-me com seus enunciados e proposições.

 

(Na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

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Dayl de Almeida

Sociólogo, professor, ensaísta e político

 

Não posso dizer que acabei de ler Crítica à Cultura Brasileira, pois seus densos capítulos espargem incontidas e incontáveis ideias vulcânicas, surpreendentes, provocadoras, que obrigam a continuadas releituras. O livro é um seminário de teses germinativas. Fecundas. De teses que despertam o pensamento, que estimulam a razão e pode ser chamado, oportunamente de assembleia nacional constituinte do ideário brasileiro. De estuário de nossos contrastes e confrontos. Foi escrito para que aprendamos a repensar o que temos por assentadamente pensado. É denúncia e enunciação, questionamento e afirmativa: Constrói propostas de construção.

 

(Na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

 

Billy Jaynes Chandler

Professor, Ph.D., de História Norte-Americana e Latino-Americana

da Texas A & I University, USA, especialista em Estudos Brasileiros.

 

 

Crítica à Cultura Brasileira contém comentários de percepção social em uma extensa variedade de tópicos – uma reflexão valiosa das atitudes e interesses culturais brasileiros.

 

(na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

 

Artur da Távola

Jornalista e escritor

 

 

 

Foto: pt.wikipedia.org

 

 

Távola: um crítico que

pensava a Cultura.

 

 

 “Marcelo. Gostei, realmente, muito de seu livro sobre o Newton, e não porque tenha merecido alguma citação, mas pela pesquisa, a seriedade do trabalho e o texto escorreito. Parabéns.

 

(Em carta de 5.11.2001 sobre o livro

Caminhos cruzados - a vida e a música de Newton Mendonça)

 

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Anselmo Macieira

Jornalista, economista, ensaísta, primeiro diretor da Fundação Casa Oliveira Viana, Consultor Legislativo do Senado Federal

 

Crítica à Cultura Brasileira rompe com essa linha de mediocridade e abre outros rumos ao conhecimento da fenomenologia social brasileira. A palavra crítica, incluída no título, tem uma significação precisa e qualificadora para o lugar que o livro passou a ocupar na bibliografia nacional. (...) A temática tratada, embora heterogênea quanto à natureza e amplitude dos assuntos abrangidos, é de admirável coerência e substantividade no saldo de ensinamentos e sugestões que sua leitura deixa no leitor.

 

(Na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira)

 

Aqui chegou, festivamente recebida, a magnífica Carta’, no seu primeiro número. Magnífica, por dois motivos: pela substancialidade homogênea da matéria inserida em suas páginas e pela irrepreensível organização do texto e apresentação gráfica. Nessa última parte está presente, sem sombra de dúvida, a habilidade profissional de Marcelo Câmara, ajudado, na casa, pelo livre trânsito que tem nos assuntos encerrados na publicação. Parabéns pela sua participação nesse evento. É um marco a mais positivo, no seu já brilhante curriculum de trabalhador intelectual. (...) Sobre seu artigo – Ser negro no Brasil – tenho a dizer que ele representa uma esplêndida contribuição ao entendimento global da questão racial no Brasil. Parece-me que ele ressalta o fato principal de que o negro não representa um simples setor da sociedade e da cultura brasileira – mas, tem presença difusa e forte na quadra ampla dessa sociedade. Está em tudo e todos. É um equacionamento novo do assunto e, de algum modo, invalida muita coisa que tem sido dita sobre a nem sempre bem compreendida e avaliada contribuição negra à civilização brasileira. Destaco essas palavras do último parágrafo: ‘Os negros brasileiros buscam a cidadania plena social, política, econômica e cultural. A igualdade sem diferença. Ser negro não é ser contra ninguém, mas apenas a favor dessa causa, que deve pertencer a todos os brasileiros, negros, mulatos, índios, caboclos, mestiços e brancos’.

 

(Em carta, sobre o lançamento da revista Carta’ do Senador Darcy Ribeiro, junho 1991)

 

 

Angelo Longo

Professor, sociólogo, poeta, escritor e editor

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Trata-se de um trabalho altamente afetivo, mas com a marca do talento do seu autor. Câmara Torres - Setenta Anos de Ideias e Obras é o relato urdido em claves de sol e amor; é a reportagem em cíceros e afetos; (...) Marcelo Câmara faz, nesta plaquete, trabalho de ourivesaria, excelente, detalhando preciosíssimas passagens, onde a personalidade do humanista equipara-se à estatura do parlamentar para atuar na e pela Educação, única e definitiva forma de revolucionar a estrutura social de um povo."

 

(Em carta a Câmara Torres em novembro de 1989.)

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Roberto Menescal

Músico, compositor, arranjador, diretor e produtor musical

 

(Foto: Rádio Princesa, Monte Azul Paulista, SP)

 

Menescal: um dos consolidadores da estética da Bossa Nova.

 

Marcelo Câmara, um apaixonado por nossa música e seus músicos, conseguiu trazer à tona esse artista genial que, por obra divina, teve seu ‘caminho cruzado’ com o nosso grande Tom Jobim, nos deixando, não tanto quanto gostaríamos, mas uma obra da maior importância para a música brasileira. Obrigado, Marcelo, pela dedicação e amor que colocou nesse trabalho. Por ele, saberemos mais um pouco de nós que viemos depois.

 

(No prefácio de Caminhos Cruzados – a vida e a música de Newton Mendonça)

 

Marcelo Câmara, um lutador da Bossa Nova

 

(Em dedicatória a Marcelo Câmara em exemplar do livro O barquinho vai... Roberto Menescal e suas histórias, de Bruna Fonte)

 

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Tárik: cultura e comunicação

(Foto www.radiouniversitariafm.com.br

Acervo Marcelo Câm)

 

Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, RJ

Tárik de Souza

Jornalista, crítico e historiador da Música Brasileira

 

Começa a sair das sombras um homem que tocava piano com a perna esquerda cruzada sobre a direita, bebia o copo d’água de um gole só e antes de fumar perfurava várias vezes o cigarro com um alfinete – ou o massageava até que ele expulsasse algum fumo e ficasse mais tenro. O cara fechado, avesso à convivência com estranhos, de hábitos reservados, em parceria com um certo Tom Jobim edificou alguns dos principais alicerces da bossa nova, como os manifestos Desafinado, Samba de uma nota só, o antecedente Foi a noite, além de clássicos como Meditação e Discussão e outras pérolas de igual quilate, como Caminhos cruzados, O domingo azul do mar e Só saudade. (...) Resultado de pesquisas e entrevistas do jornalista Marcelo Câmara (...) o livro Caminhos cruzados – A vida e a música de Newton Mendonça (Editora Mauad) procura reparar essa negligência."

 

(Sobre o livro Caminhos cruzados – A vida e a música de Newton Mendonça. JB, Edição de 10.5.2001, com chamada de primeira página.)

 

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João Máximo: honestidade crítica

(Foto terceirotempo.uol.com.br

Acervo Marcelo Câmara)

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O Globo, Rio de Janeiro, RJ
João Máximo

Jornalista, crítico e historiador da Música Brasileira

 

Newton Mendonça foi dos mais inspirados nomes da música popular brasileira. Dos mais fascinantes, também. E dos mais misteriosos. Mas terá sido o mais injustiçado, o que mais sofreu com a diminuição, o furto e o ultraje de sua obra? Marcelo Câmara (...) acredita que sim. E é nesse todo, entre o firme e o indignado, que se lança à difícil tarefa de nos mostrar quem foi Newton Mendonça.

 

(Sobre o livro Caminhos cruzados – a música e a vida de Newton Mendonça,

In UMA NOTA SÓ: Biografia joga luz sobre a breve vida de um fundamental parceiro de Tom

/ Newton Mendonça renasce em livro

/ Morto em 1960, ele dividiu a autoria de clássicos como “Desafinado” e “Samba de uma nota só”.

Na edição de 20.5.2001)

 

Cris Delanno acaba de fazer pela memória musical de Newton Mendonça o que ninguém fez até agora: mostrar o lado menos conhecido de seu talento de compositor sem se preocupar em compará-lo com o parceiro mais ilustre, Tom Jobim. O CD  Cris Delanno canta Newton Mendonça  (Nikita Music) é talvez o melhor dela e reúne 14 sambas-canções dele, três inéditos e só um dos clássicos com Tom. ‘Caminhos cruzados’ foi a primeira música que cantei profissionalmente — diz ela a propósito do único clássico. — Até aqui, porém, sabia muito pouco de Newton Mendonça. Quem a aproximou do compositor foi o produtor Marcelo Câmara, autor (...) da biografia ‘Caminhos cruzados’.

 

(Sobre o CD Cris Delanno canta Newton Mendonça

in Uma voz redescobre parceiro de Tom Jobim.

Na edição de 14.8.2003)

 

OBS. O Jornal do Brasil, através de Tárik de Souza, considerou o CD Cris Delanno canta Newton Mendonça, idealizado, com produção executiva e encarte escrito por Marcelo Câmara, como um dos cem melhores discos produzidos no País em 2002.

 

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Alípio Mendes

Historiador e escritor, Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,

da Academia Fluminense de Letras,

fundador e presidente do Ateneu Angrense de Letras e Artes

 

Foto: Colégio Brasileiro de Genealogia - Acervo Marcelo Câmara)

 

Alípio: o historiador de Angra dos Reis no Século XX.

 

Marcelo Nóbrega da Câmara Torres, nosso ilustre conterrâneo,

é o nosso Raul Pompéia nos tempos modernos,

ilustre e ilustrado filho desta legendária Angra dos Reis.

 

(Na orelha da 2ª edição de Crítica à Cultura Brasileira, 1986)

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Valor Econômico, São Paulo, SP

Paulo Cunha

Jornalista, crítico e historiador da Música Brasileira

 

A biografia altera totalmente o quadro e concede ao compositor a mesma estatura de Tom Jobim ou João Gilberto. (...) Marcelo Câmara defende algumas 'teses' que inovam o que até hoje se conhece sobre a história da bossa nova. Em primeiro lugar, ele revela o grande músico e compositor de vanguarda que era Newton Mendonça, afastando de vez o mero título de letrista. (...) Outro objetivo do trabalho é lançar uma luz na até então obscura trajetória do compositor. (...) Uma coisa é certa: a biografia tem o mérito escavar a vida e a obra de um personagem até então pouco conhecido, polemizar e confrontar teses até então tidas como ‘verdade absoluta’. Ao mexer com ideias cristalizadas, jogar pólvora no que parecia pacífico, o autor contribui dramaticamente com a história musical do país. Por último, o livro alça o compositor à condição de um dos mestres não só da bossa nova como da música brasileira.

 

(Sobre o livro Caminhos cruzados – a música e a vida de Newton Mendonça.

Na edição de 15.5.2001)

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Daniella Thompson foto.png

(Foto daniellatompson.com - Acervo Marcelo Câmara)

 

Daniella Thompson, EUA

Historiadora, fotógrafa, palestrante,

editora e crítica norte-americana,

especialista em Música Brasileira

http://daniellathompson.com/

 

O livro Chega de saudade, de Ruy Castro, considerado o trabalho seminal da Bossa Nova, não joga muita luz sobre a personalidade e o primeiro parceiro de Tom. (...) Nos últimos quarenta anos, muito se tem especulado sobre as habilidades de Newton como compositor. Teria ele tido sucesso sem Tom como parceiro? O que ele contribuiu para as canções que fizeram juntos? (...) Muitas dessas especulações foram respondidas na biografia de Marcelo Câmara Caminhos cruzados – a vida e a música de Newton

Mendonça.”

 

(sobre o livro Caminhos cruzados – a vida e a música de Newton Mendonça

In The silent partner revealed

Newton Mendonça was much more than Tom Jobim’s alter ego)

 

… é um disco significativo não só pelas raridades nele presentes. (…) O livreto é um valioso bônus, repleto de letras de músicas, notas extensas sobre cada canção, uma linha do tempo biográfica e fotos raras de Newton Mendonça que, por uma fatalidade do destino, nunca foi fotografado com Tom Jobim.

 

(sobre o CD Caminhos cruzados – Cris Delanno canta Newton Mendonça

in The silent partner revealed

Newton Mendonça was much more than Tom Jobim’s alter ego)

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Emílio Carmo
Jornalista, professor universitário e magistrado

 

"Acabo de ler o seu artigo sobre Nelson Rodrigues, no Caderno Encontro, de O Fluminense. Para dar-lhe os parabéns é que lhe escrevo. Achei-o fabuloso, simplesmente ontológico – o seu escrito. Nunca li nada melhor sobre NR. Você está escrevendo muito bem. (...) Esse artigo é um cartão de visita para qualquer grande revista e eu ficaria exultante se assim acontecesse."

 

(Em carta de 1.1.1974)

 

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Veladimir Romano.jpg

O jornalista Veladimir Romano é filho de B.Léza

ou Beléza (Francisco Xaviera da da Cruz,

1905-1958), poeta, violonista e compositor, 

um dos maiores nomes da Cultura caboverdiana.

(Foto RTP - Acervo Marcelo Câmara)

 

 

Artiletra, Cabo Verde, África

Jornal de Educação Ciência e Cultura

Veladimir Romano

 

Sentir o pulsar da cachaça é revolver muitas histórias com três séculos de caminhos cercados pela escravatura, interesses de uma velha Colonização identificada na bebida que hoje viaja o mundo com as cores genuínas de um país que se descobre a si próprio todos os dias. No Brasil, ler sobre a pinga crioula é também uma descoberta através da recente obra de Marcelo Câmara. (...) A evolução da cachaça na industrialização tem vindo a despertar consciências no país irmão, dando hoje um espaço de relevância à exportação, por um lado, aos cuidados com a cultura, seja, literatura, por outro. É neste contexto que descobrimos no meio do fervilhar da bonita e histórica cidade de Paraty (vizinha ao Rio de Janeiro), o investigador Marcelo Câmara, autor do recente livro: Cachaça – Prazer Brasileiro.”

 

(in Cachaça também é literatura,

edição Ano XIV nº 68, junho/julho de 2005)

 

No Brasil, segundo investigação do jornalista Marcelo Câmara, autor do livro ‘Cachaça – Prazer Brasileiro’, curioso e oportuno trabalho em forma de guia, ele aparece refinado de apontamentos históricos de grande riqueza, informação e potencial pedagógico à volta da saborosa pinga crioula, evoluindo ao longo dos tempos numa trajectória que abrange todo o imenso território brasileiro onde igualmente não faltam algumas linhas referenciadas sobre o grogue de Cabo Verde o respectivo originado de pontche.

 

(in A cultura da cachaça e os valores à volta da cana do açúcar,

edição Ano XIV nº 68, junho/julho de 2005)

 

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Jornal de Brasília, DF

 

A partir de amanhã, o Jornal de Brasília passa a publicar semanalmente as crônicas de humor de Marcelo Câmara. (...) Leitor de filósofos e escritores do mais seguro valor, Marcelo não é um piadista. De sua própria vivência, partem os veios de humor corrosivo e inteligente. Um rápido perfil, feito em ping-pong, mostrará seus interesses principais, mas logo ele se tornará um personagem de várias vidas e risos, até que o leitor se una ao seu pensamento e saiba que a hora não está para somar nem dividir, mas para rir”.

 

(Celso Araújo no texto de abertura da entrevista de página inteira

Marcelo Câmara – “O riso narcotiza a eterna angústia do homem”,

concedida por Marcelo Câmara quando de sua estreia como colunista de Humor do jornal,

publicada na edição de 2.12.1977.)

 

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Jornal de Brasília, DF

 

Marcelo Câmara é um sujeito que fala em objetos diretos. Com as teclas na mão e várias e concisas ideias na cabeça, fala de coisas nossas, parâmetros intransferíveis... É um livro polêmico... viaja por territórios delicados com a delicadeza de um trator. (...) O trator de Marcelo massacra conceitos tidos como castelos intransponíveis. (...) Marcelo é uma metralhadora giratória de muitos pentes (...) e o resultado é uma leitura capaz de tirar do marasmo qualquer estudante de Sociologia.

 

(Sobre o livro Crítica à Cultura Brasileira, na edição de 19.3.1986)

 

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Correio Braziliense, DF

Edísio Gomes de Matos

Crítico Literário do jornal

 

Uma obra nova, polêmica e corajosa.

 

(Sobre o livro Crítica à Cultura Brasileira, na edição de 4.5.1986)

 

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Correio Braziliense, DF

Rosualdo Rodrigues

 

Completando essa bela homenagem a Newton Mendonça, há a riqueza de informações no encarte, que traz breve biografia do músico e comentários faixa a faixa. Feitos por Marcelo Câmara, biógrafo de Newton, tais comentário situam cada uma das músicas na história e trazem dados curiosos como a primeira gravação e histórias que cercam a composição.

 

(Sobre o CD Caminhos cruzados – Cris Delanno canta Newton Mendonça, na seção Discos

 – Crítica – A bossa resgatada, na edição de 6.8.2002)

 

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Última Hora de Brasília, DF

Rosalva Nunes

 

Através de uma visão extremamente crítica, Marcelo Câmara discorre de uma maneira clara e desenvolta sobre temas os mais variados, dos mitos sobre Brasília a Nelson Rodrigues, do folclore à dissimulação no jornalismo.

 

(Sobre o livro Crítica à Cultura Brasileira, na edição de 19.3.1986)

 

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Zero Hora, Porto Alegre, RS

Renato Mendonça

 

Nada de mirabolante, mas uma viagem respeitosa ao ambiente bossa-novista, feita de baterias tocadas de mansinho, harmonias complicadas cantando a descomplicação da vida. As rasga-coração Nuvem, Incerteza e Caminhos cruzados (as duas últimas com Jobim), mais a absolutamente solar Canção do azul chegam a dar saudade.

 

(Sobre o CD Caminhos cruzados – Cris Delanno canta Newton Mendonça, na edição de 31.8.2002)

 

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Dalwton Moura.jpg

Dalwton Moura é jornalista, crítico musical, violonista e compositor.

(Foto Diário do Nordeste - Acervo Marcelo Câmara)

 

 

Diário do Nordeste, Fortaleza, CE

Dalwton Moura

 

Em 'Caminhos Cruzados - A vida e a música de Newton Mendonça' (Editora Mauad), o jornalista e pesquisador carioca Marcelo Câmara revela a enorme ingratidão de que foi vítima o compositor. Denuncia e ajuda a desfazer o que considera uma das maiores injustiças da história da MPB, cometida contra um de seus mais talentosos - e 'invisíveis' – protagonistas. (...) Com o objetivo de 'fazer justiça' a pouco incensada figura de Newton Mendonça, Marcelo Câmara construiu, em 'Caminhos Cruzados', um livro que, pela envergadura, acaba se lançando a um olhar sobre um recorte da realidade brasileira, entre as décadas de 20 e 60. (...) Registre-se, a propósito, que o autor deste 'Caminhos Cruzados’ não se inibe de condenar, embora sem citar nomes, jornalistas, pesquisadores e críticos que, avalia, contribuíram para que Newton Mendonça permanecesse como um nome associado a estereótipos e a um papel coadjuvante na MPB. (...) O livro de Marcelo Câmara retrata, mais que o músico, o ser humano Newton Mendonça, filho, pai, marido, colega de uma geração de intérpretes e instrumentistas que, nos pianos dos inferninhos, adubaram de sensibilidade e inovação a flor da Bossa. Buscando fazer justiça à genialidade do biografado, Câmara não esconde as intempéries e obstáculos que pontuaram a vida do compositor de ‘Desafinado’. Para os mais detalhistas, as informações amealhadas e os pontos-de-vista expressados certamente podem ferir suscetibilidades, ser objeto de contestação. (...) No entanto, para o leitor interessado em entender o processo gerador da Bossa Nova e em conhecer o gênio oculto sob a alcunha reducionista de ‘o letrista do Tom’, trata-se de um convite sedutor, a uma leitura rápida, arrebatadora. Como a vida de Newton Mendonça.

 

(O maestro invisível, na edição de 27.4.2003)

 

"Além da cuidadosa narração biográfica de Marcelo Câmara, tecida a partir de depoimentos de músicos, amigos e integrantes das famílias Mendonça e Jobim, “Caminhos Cruzados”, o livro, traz saborosos atrativos a mais, como uma síntese dos fatos mais importantes nas trajetórias de Newton e Tom, postos em paralelo, até 1960. Há também ilustrações, discografia comentada e visões de Newton por outros protagonistas da Bossa, de Tom Jobim a Baden Powell, de Billy Blanco a Sérgio Ricardo."

 

(Resgate Musical, na seção Livro, edição de 27.4.2003)

 

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Cardápios JF

O portal gastronômico de Juiz de Fora

www.cardapiosjf.com.br

 

Um bom livro sobre o assunto é "Cachaças - bebendo e aprendendo", de Marcelo Câmara (editora Mauad X). Este é um guia prático para degustação da cachaça, a primeira obra dedicada inteiramente à bebida. Mesclando técnica e crítica, Câmara discute os valores, conceitos e características sensoriais desta paixão brasileira.

 

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Leia livro

Portal da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo

www.leialivro.sp.gov.br

Nelson Marques

 

Ao lado dessa atividade toda como jornalista, escritor e crítico, Marcelo deu uma contribuição muito grande para a valorização da cachaça como a verdadeira bebida nacional. Foi através dele que se estabeleceu, pela primeira vez, as regras para degustação da bebida, anteriormente tão execrada socialmente, e os critérios sensoriais que devem presidir o ato cultural de bebê-la. Graças a essa preocupação é que temos o livro que estou aqui comentando, escrito em 2004. É um guia prático sobre a nossa cachaça, agora uma bebida nacional, registrada e legalizada em termos econômico, social e geográfico. Através deste guia, você pode se informar, conhecer e degustar as melhores cachaças, sabendo como identificar a verdadeira e boa pinga, podendo escolher as melhores, degustando-as

‘... com sabedoria e ternura, em todos os sentidos...’. É importante dizer ainda, antes de terminar, que há um capítulo do livro que considero muito importante e valioso. É o capítulo 5 ‘A cachaça e a cultura brasileira’, onde Marcelo escreve sobre o papel social das nossas elites promovendo ativamente a discriminação dessa bebida que já há muito tempo deveria ser um orgulho nacional e parte da Cultura Brasileira, já que vem desde nossas origens históricas. Para terminar de modo mais leve a resenha deste livro, me aproprio do mote da Confraria do Copo Furado: ‘Unidos beberemos! Sozinhos também!’”.

 

(Sobre o livro Cachaça – Prazer Brasileiro)